A perseguição ás Bruxas


Em 1735, foi revogada na Inglaterra a lei que tornava a Bruxaria um pecado capital. Felizmente, mesmo antes disso alguns juízes com bom senso tinham passado a anular tentativas de enforcamento de pessoas acusadas de serem bruxas, apesar da pressão popular contra elas.
Aos poucos, muitas pessoas comuns começaram a repelir esse tipo de condenação, baseada apenas em superstições populares e dados absolutamente pessoais contra aqueles que eram acusados. Foi aí que os dirigentes começaram a dizer que a Bruxaria nunca existiu e era, portanto, uma invenção popular.
Porém, tal atitude não foi aceita pela maioria da população. A maioria ainda acreditava na bruxaria, muitos continuando a achar que bruxas más deveriam morrer, ou pelo menos sofrer de maneira considerável. Dessa forma, quando a lei da terra foi amenizada, a lei do linchamento às vezes passava a vigorar.
É claro que muita gente esperta se deu bem com esse negócio. Como a maioria da população era analfabeta, muitos se aproveitaram para ganhar dinheiro com a persuasão da mente das pessoas. Assim, descobrir "bruxas perigosas", que quase sempre eram mulheres bonitas que não lhe deram bola, ou então donas de casa feias (porém ricas), virou a especialidade dessas pessoas. Assim, acusando a bruxa, eles teriam alguma chance de "se vingar" ou de confiscar os seus bens. Simples assim.
Vejam como exemplo o seguinte caso, ocorrido em 1751 na Inglaterra: um casal idoso foi atacado por uma multidão, e a mulher morreu nesse atentado. Eles podiam não ter sido bruxos, mas um homem chamado Butterfield cismou que eles eram, porque uma vez ele discutiu com esse senhor. Ninguém levantou um dedo para ajudá-los, mas foi algo tão terrível na época, que não pôde ser escondido, levantando inclusive inquéritos policiais a respeito do caso. Esse caso foi o mais famoso de violência de uma multidão contra supostas bruxas na Inglaterra, mas de maneira nenhuma o único.

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